COISAS DE ARLINDO

COISAS DE ARLINDO
Falam-me demais que devo ser feliz. Quase me forçam, só faltam me jogar no mar da felicidade... E se me jogassem eu deixaria.

sábado, 21 de maio de 2011

O Amor me roubou

Quantas luas eu já contei pensando em ti...
Quantas lágrimas já desceram por minha face quando me lembro de ti...
Quantas vezes me senti odiado e já odiei só em pensar que não te tenho...
Meu Deus, como é difícil sonhar com ela.
Como é tentador tê-la a minha frente e não dizer nada. E não fazer nada...
Meu coração se aprofunda casa vez mais nesse sentimento que chamam de Amor.
Como o Amor pode ter duas faces? Como pode fazer sorrir e chorar?
Porque o Amor vem sem avisar e nos faz ser quem não somos?
E o mais atormentador é que perguntas sobre ele nunca se tem respostas...
Não se sabe de onde ele vem, quando surge, como surge.
Ao amar, parece que não existe mais nada diante de nós para compartilhar.
Nem a mim mesmo amo mais, nem a minha própria vida.
Quando penso nela sinto sim vontade de viver, mas a de não existir é maior.
É maior por não tê-la aqui do meu lado, para que eu possa admirá-la.
Para que eu possa tocá-la, sentir o cheiro, de observar seus movimentos meigos.
De apreciar e transparecer ao meu coração Vida.
Sim meus amigos, quero transparecer vida, porque não vivo mais por mim...
Vivo para o amor. Como um servo para o seu superior. O Amor me prendeu!
Não consigo me libertar. Não consigo sair dessa agonia constante do meu ser.
Minha alma já não quer mais ficar em mim, ela quer ser feliz.
Hoje para mim parece que o mundo parou.
Parece que aconteceu mais um eclipse em meu espírito.
A tristeza cobriu a luz que havia em mim. A pouca luz que ainda alumiava meus olhos.
Onde está o brilho de felicidade deles agora?
Onde estão os sorrisos para o nada que antes vinha com facilidade?
Ei, você Amor! Para onde tu levaste meus sentimentos bons?
Traz vai! Por favor, traz...

(Arlindo Cardoso)

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