COISAS DE ARLINDO

COISAS DE ARLINDO
Falam-me demais que devo ser feliz. Quase me forçam, só faltam me jogar no mar da felicidade... E se me jogassem eu deixaria.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O silêncio


O silêncio me vem, me corrói, me diz quem é.
 Sinto solidão, desapego, medo.
Sinto-me fraco. O silêncio intimida
Ele tem postura, tem criatividade e nos dá criatividade.
Nós fazemos do silêncio o que quisermos.
Ele se comporta do jeito que queremos, da maneira que queremos.
Ele é monstruoso, é triste, é alegre, é meditador.
O silêncio tem várias caras, vários modos, várias personalidades.
Tudo que se faz no silêncio é feito melhor.
Ele também pode servir de várias ações, como um sorriso
Uma resposta, uma pergunta, uma vontade.
O silêncio é uma das obras-primas de Deus.
Ele nos deu o dom do silêncio, Ele nos deu o dom de apreciá-lo,
De estar e de sentir o silêncio, de usá-lo do jeito que quisermos.
Deu-nos o prazer de gostar do silêncio, de amá-lo.
O silêncio penetra minha alma. Me fez amar, me faz pensar.
Se ele fosse uma pessoa eu perguntaria: por que tu és tão raro?
Por que tu não és usado na hora certa? Por que tu não és sentido, amado?
Tu mereces silêncio... tu mereces grande e fiel amigo.
Eu quero o silêncio, eu quero o que ele pode dar, quero o que ele quer dar.
Vem silêncio, entra em minha alma, me transforma e me completa.
Ocupa o lugar da minha triste solidão, da minha triste angústia e guarda o da felicidade...
Vem silêncio, me corrói e dizes quem tu és novamente.
Vem grande amigo... vem.

Arlindo Cardoso

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